Pra começo, este texto não é nem um pouco jornalístico e não estou aqui pra falar do resultado do jogo. Muito menos da “matemágica” classificação do Fluminense na Taça Libertadores da América – o que eu, desde quarta-feira passada (13/04), não via nada de impossível: vencer o ridículo Argentinos Juniors e torcer pro América-MEX vencer ou segurar um empate contra o pífio Nacional-URU. Enfim, é inadmissível o que aconteceu ontem (20/04) na Argentina, principalmente vindo de jogadores que sempre prezam pela tão distante “paz nos estádios”.
Sabe quando você está jogando pelada no final de semana e o time adversário começa com mimimi porque tá perdendo o jogo? Então, é mais ou menos por aí. Mas ali era Libertadores da América, porra! Foi eliminado? Abaixa a cabeça e desce pro vestiário! Não precisa arrumar confusão com o time adversário – que jogou como nunca, por sinal. Já diria um amigo meu: Não sabe brincar? Então não desce pro play, féra (é nóis, Lucas!).
Confesso que já não gostava muito de argentino, nunca gostei. A não ser pela forma de jogar futebol: raça, não se entrega nunca. De resto, vivia torcendo pro Bush arrumar uma desculpazinha pra invadir aquele país, tipo “procurando armas nucleares”, saca? (Tá, não é pra tanto… Enfim) Os argentinos mostraram ontem, mais uma vez na Libertadores, que não sabem perder. É isso: criancinhas que não gostam do coleguinha de classe porque ele tem uma mochila do Ben 10, enquanto a dela é uma do ultrapassado Homem-Aranha (se você tem uma mochila do Homem-Aranha, fique sabendo que eu acho muito legal).
Não que a atitude do Fluminense seja das melhores: disponibilizar 50 ingressos para a torcida do Velez Sarsfield – rival do Argentinos Juniors – para o jogo, dizer que o técnico adversário fala demais, por aí vai. O circo já estava quase pronto, só faltou subir a lona. E os jogadores dos dois times trabalharam juntos para armar o “espetáculo” que aconteceu no final da partida. Começou com o goleiro reserva do time Argentino, Luis Ojeda, que foi tirar satisfações (sabe Deus sobre o que) com o time do Fluminense. A confusão generalizou quando o volante Sanchez, do Argentinos, deu um soco no Conca. A partir daí a lona estava pronta e o circo, montado. Gum acertou, no estilo Anderson Silva, uma voadora no nariz do volante. O resto não vou relatar, basta assistir o vídeo na página da Globo.com clicando aqui.
Os dois lados erraram, não tem conversa. Agora eu quero ver o que a CONMEBOL vai fazer. O mínimo é dar um (belo) gancho a todos os envolvidos, desde jogadores à comissão técnica (o que eu, sinceramente, duvido que aconteça). Mas aí já são cenas do próximo espetáculo circense. E se, por acaso, você queira trocar Argentinos Juniors por Botafogo e Fluminense por Avaí, fique a vontade. A trupe é a mesma, só que a nível nacional (pela Copa do Brasil). Só deixo uma última pergunta no ar: adivinha quem é o palhaço deste picadeiro?
Por Rodrigo de Souza
Fotos: Martin Acosta/Reuters e tecnoblog.net